PLANO DE AULA
Série: 1º ano Ensino Médio
ASSUNTO DA AULA: Trovadorismo
CONTEÚDO:
Contexto histórico do Trovadorismo; Produção Literária; As cantigas de amor, amigo, escárnio e maldizer.
OBJETIVOS:
Adquirir conhecimento sobre o contexto histórico do Trovadorismo
Conhecer as características e os tipos das cantigas do Trovadorescas
Ampliar competência leitora e escrita , a partir da análise de textos, imagens, vídeos que retratam a produção literária do Trovadorismo.
DESENVOLVIMENTO:
Estratégias
Apresentação em slide do mapa conceito/explicação
Leitura e explicação do capítulo sobre o Trovadorismo
Leitura da cantiga da Ribeirinha
Análise dos elementos estruturais das cantigas
Recursos Didáticos:
Texto / material distribuído pelo professor
Computador e data Show
Avaliação:
Participação do aluno, produção escrita sobre o trovadorismo, análise das cantigas e postagem do material e comentário no blog da classe.
Resultado Esperado:
Espera-se que o aluno:
Compreenda que a produção literária está interligada aos momentos históricos e sociais
Conheça a produção literária do trovadorismo
Seja capaz de identificar as principais características das cantigas trovadorescas
BIBLIOGRAFIA
MASSAUD, Moises. A
Literatura portuguesa através dos textos. São Paulo, Cultrix: 1ª edição, 1968.
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CONTEÚDO DA AULA
Trovadorismo
(Início – 1189 ou 1198 – Término 1418)
. Havia senhores feudais, nobres de alta linhagem,
fidalgos (cavaleiros e escudeiros), o clero, servos e escravos. Os
trabalhadores eram vassalos dos senhores (nobres e eclesiáticos), estes, por
sua vez, eram vassalos do rei.
. Nesta época, a organização social era pautada por
uma visão teocêntrica de mundo, ou seja,
Deus é tido como centro do universo,
um ser absoluto. O homem nasce para obedecer, ou mesmo seguir um,
caminho pré-determinado, sem opçoes, sem livre-arbitrio. Todos os atos humanos
eram explicados por forças ocultas. Havia em Portugal muita religiosidade,
igrejas lotadas, santuários e romarias.
Trovadorismo
– vem do verbo trouver (achar) 0 trovador, trobadou em
frencês, é aquele que “acha sua cantiga”.
O marco
inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “
Cantiga da Gaivota”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta
fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418.
Trovadores
Na lírica medieval, os trovadores éramos artistas de
origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos
musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e
reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros.
Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da
Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda”, e “ Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica
galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João
Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
Poesia Trovadoresca: pode ser dividiva em dois
gêneros: lírico e sátirico. O gênero lírico se subdivide em duas
categorias (cantigas de amor e cantigas
de amigo) e o satírico é caracterizado pelas (cantigas de escárnio de cantigas de maldizer)
Cantigas de amor: o trovador assume um eu - lírico
masculino e se dirige á mulher amada como uma figura idealizada e distante. Ele
se coloca na posição de fiel vassalo, a serviço de sua senhora – a dama da
corte -, fazendo desse amor um objeto de sonho, distante e impossível.
Cantigas de amigo: Têm origem popular, eu- lírico
feminino e marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo,
refrão e estribilho). Esses recursos, típicos dos textos orais, facilitam a
memorização e execução das cantigas.
Cantigas de escárnio: São composições em que se critica
alguém através da zombaria e do sarcasmo, Trazem satíricas indiretas por
encobrir a agressividade através do equívoco e da ambigüidade.
Cantigas de maldizer: Apresentam sátira direta,
contundente e clara. Muitas vezes, há trechos de baixo calão e a pessoa alvo é citada nominalmente.
"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"
Cantigas de amigo (de Bernal de Bonaval):
"A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."
Cantigas de Maldizer
Os trovadores faziam sátiras diretas, agressão verbal e com quase sempre
palavrões sendo o nome da pessoa citado ou não:
Roi queimado morreu con amor
Em seus cantares por Sancta
Maria
por ua dona que gran bem
queria
e por se meter por mais
trovador
porque lhela non quis [o]
benfazer
fez-sel en seus cantares
morrer
mas ressurgiu depois ao tercer
dia!...
Cantigas de escárnio
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louve'en em meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...
QUADRO COMPARATIVOS ENTRE AS CANTIGAS TROVADORESCAS
|
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Cantigas
de amor
|
Cantigas
de amigos
|
Origem
Provençal
|
Origem
Galego Portuguesa
|
Eu
lírico masculino
|
Eu
lírico feminino
|
Objeto
desejado: a dama; a senhor
|
Objeto
desejado: o amigo
|
O homem
presta a vassalagem amorosa; sofre pelo amor não correspondido
"Coita"
|
A
mulher sofre pelo amante, namorado ausente
|
Mulher
idealizada, superior
|
Mulher
real, mais concreta
|
Ambiente
palaciano (aristocrático)
|
Ambiente
Rural (popular)
|
Cantigas
de escárnio
|
Cantigas
de maldizer
|
Ataque
indireto
|
Ataque
direto
|
Predomínio
da ironia e do sarcasmo
|
Predomínio de
palavras chulas (baixo nível)
|
Crítica
a costumes, pessoas e acontecimentos
|
Críticas
a costumes, pessoas e acontecimentos
|
Não
declamação de nomes
|
Declamação
do nome da pessoa criticada
|
Para
refletir:
Teocentrísmo – é a teoria sendo a
qual DEUS é o cento do universo nada mais é maior que ele, tudo foi criado por
Ele e dirigido por ele. Esse pensamento
teria dominado a Idade Média
Sidinéia Gomes Santana RA B07HAI-3
Olá, meninas. O plano de aula está ok. Só não daria a Cantiga da Ribeirinha como texto inicial.
ResponderExcluirbj
Lígia
Ok professora! obrigada!
ExcluirGostei do plano mas após ativação dos conhecimentos prévio sobre a I.Média os alunos assistirão o filme "Coração de Cavaleiro".
ResponderExcluirObrigada!